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Direcção

A grande motivação por trás da criação deste espaço – também enquanto blog – vem de uma grande vontade em ajudar os outros a aprender.  Desde que comecei a explorar a matemática mais seriamente na universidade, descobri um outro lado da mesma. Um lado inacessível até então. Tudo o que envolvia raciocinar no abstracto tornou-se muito mais acessível agora. Essa é a minha grande motivação. Se vissem a matemática como eu a vejo, gostariam dela como eu gosto. Tal como se de uma escola de belas artes se tratasse, transmito aos meus alunos  a vertente extremamente criativa e artística da matemática. Este é o primeiro de vários posts que ilustram a minha maneira de pensar sobre o assunto e que possam motivar alguém que queira seguir o caminho das ciências.

Consistência e uma mente aberta. Se estiver com muita pressa e nem tiver tempo para ler todo este artigo, pelo menos ficou com a parte importante e leu o melhor conselho que tenho para lhe dar. A consistência é essencial para se atingir o que quer que seja que tenha algum significado tanto para si como para a sociedade. Uma mente bem aberta para estar disponível a aprender tudo o que não sabe, e quem sabe, aquilo que não sabe que não sabe.

Significado

Esta série de artigos não promete nem tem como propósito dizer-lhe como encontrar o significado da sua vida, no entanto, é provável que o ajude nesse caminho. Grande parte do significado na minha vida veio de empreender tarefas sucessivamente mais difíceis, que precisavam cada vez mais de aptidões que eu não tinha. Veio de tomar a responsabilidade de ter de me tornar mais capaz do que era no dia anterior. A responsabilidade também de enfrentar com coragem os obstáculos que surgem. Identificar medos e seguir em frente mesmo assim – conseguir ser livre de si próprio, em si próprio. Surgiu deste modo, no meio de algumas batalhas internas, uma nesga de significado, aquele que permite acordar de manhã e, apesar do frio, apesar de lhe custar tudo, sabe que tem um propósito, por isso levanta-se de qualquer dos modos porque urge a necessidade de se cumprir.

Para se viver deste modo, não é suficiente estar-se somente vivo. É estar vivo e atento ao que lhe aparece e ao que o rodeia. Experienciar o mundo como se o sentisse todos os dias, de novo, por entre os dedos. É esta perspectiva que, aos poucos, lhe vai trazer alguma sensação de propósito no universo. Experimente actividades que nunca pensaria experimentar. Crie laços fortes com as pessoas que encontra pela vida, pessoas que se alinhem consigo, que estejam na mesma jornada, indo cada uma pelo seu caminho. No seu percurso vai precisar de amigos, e dos bons, se quiser chegar a algum lado.

“Student Life” by USF SLE is licensed under CC BY-NC-ND 2.0 

Uma das ideias que transmito frequentemente é o da grande utilidade das escolas e universidades para a socialização. Apesar do estereótipo de quem quer ter notas de excelência ter de se afastar desses comportamentos. Nada disso. Nem eu hipotequei notas de excelência devido a uma socialização excessiva nem ninguém que eu conheça que as tenha tido e se tenha tornado uma pessoa completa a várias dimensões.

Se pensar bem, os outros, as pessoas, a sociedade, como quiser chamar, são o que torna possível a nossa existência ter algum propósito. Todas estas “humanisses” que fazemos, fazemo-las pelas pessoas, pela comunidade. Já reparou que toda a actividade humana existe essencialmente para os outros? O padeiro faz pão para os outros. O médico cuida da saúde dos outros. O agricultor cultiva para os outros. Ninguém se tornaria profissionalmente num padeiro, médico ou agricultor só para si. Tudo aquilo que fazemos, colectivamente, é para facilitar a existência uns dos outros, tentando reduzir o sofrimento inerente de se ser Humano.

O caminho…

… para se ser bem-sucedido na universidade, é tão variado quantas as definições de bem-sucedido podem haver. Cada um tem a sua definição do que é concluir um curso superior com sucesso. Neste blog encontrará a minha definição, como consegui atingir aquilo que defini e os resultados que obtive ao usar essa definição. Aqui, a minha intenção é de partilhar o modo como correu a minha jornada académica. Junto a esta partilha, faço também uma análise crítica, em retrospectiva, do que poderia ter corrido melhor – ou pelo menos ter sido mais eficiente. 

Pode esperar encontrar aqui uma pequena ajuda para quando estiver completamente pasmado perante o mundo e não souber por onde começar. Entendo e partilhei também esse sentimento muitas vezes durante o meu percurso escolar, com especial atenção enquanto escrevia a minha dissertação de mestrado. Todos os meus colegas, uns mais, outros menos, também passaram pelo mesmo. A cada passo que dá e que avança um pouco perante o mundo, é-lhe revelado cada vez mais coisas que desconhecia anteriormente. E isso pode ser mais do que aquilo que conseguimos lidar nesse momento.

Atentamente,
André